Aos de amor, amor.


Sai da aula depois de horas produzindo arte com os colegas, fiquei na parada moscando e quase perdi o ônibus, mas ainda bem que não perdi, se houvera acontecido seria mais uma hora esperando o próximo.

Entrei no ônibus e sentei atrás de um casal de jovens, confesso que preferiria ter perdido o ônibus. Casal extremamente meloso, daqueles que são mais doce que doce. A cada um segundo era um beijo, um cheiro, um cafuné, um abraço e por aí vai. E não foi só eu que me senti desconfortável com a situação não, a cobradora também olhou com olhar de vergonha alheia, e eu concordei.

Se o amor é essa coisa que causa náuseas a quem está observando, não quero nausear ninguém. Sim, eu gosto do amor, mas o amor que se demonstra quando não há espectadores, aquele amor que não tenta provar o quanto ama porque só ele sabe que ama de verdade, o amor espontâneo e não o amor forçado, eu gosto daquele, o amor que nasce do amor.

Desci do ônibus e cheguei em casa com uma conclusão: Que me desculpem os de amor moderno, mas sou de amor antigo. E se isso é careta e sem graça, talvez eu tenha nascido na época errada.


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